quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Milagre!


Amar é entregar-me,
Sem medo e sem reservas
A algo superior e incontrolável.
Milagre!
Amar é dar e receber e transformar em doce
Tudo o que é potencialmente amargo.

A felicidade é para aqueles
que querem ver-me crescer,
e a tornar-me verdadeiramente grande.
Milagre!
Se o que tenho a dizer
não é mais belo que o silêncio.

Talvez seja altura de parar,
numa súbita fractura de mim,
num quebrar de alma.
Milagre!
Nas saudades do que já fui
em que todas as coisas se fundem.

São precisas torrentes de sangue…
Olho em volta e percebo
se precisar de ajuda não hesito.
Milagre!
Não tenho de fazer
esta travessia sozinho.

Controlo as minhas emoções…
Quando deixa de ser uma batalha minha,
desculpas vêm sempre a calhar.
Milagre!
Aos olhos do mundo
basta uma lágrima.

A felicidade é para aqueles…
Que andam ao sabor das ondas,
tento não ver apenas o lado negro da vida.
Milagre!
Quando a tempestade passar,
a poeira baixa e o sol volta a brilhar.


Amar é dar e receber…
Para se executarem grandes coisas
Basta uma lágrima
Milagre!
Para amar… há que viver
Como se nunca fosse morrer.

Controlo as minhas emoções…
os quereres, as necessidades, os devaneios,
Pois é necessário canalizar toda a energia.
Milagre!
Este corpo no final,
Será misturado com a lama.

C@rlos@lmeida
(Foto da net)

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