quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A noite em que nunca te vi...


Procuro-te
para além do meu próprio ser
e de tanto procurar,
já não sei qual de nós está ausente.
Imagino-te sentada no degrau
que te leva até ao mar,
paro escuto e acaricio
o teu corpo,
confundindo os teus olhos
com o luar,
na embriaguez do instinto.
Imagino o teu corpo,
despido como uma sereia,
e num misto de prazer
calo os gritos calados
que saem dos teus lábios
sem se ouvir.
O beijo é urgente!
anseio um abraço
um abraço lento
lento e ternurento
mas sempre intenso
como um lenço colado ao corpo
por um vento que ninguém sente…
só eu…
como aquele que senti
na noite em que nunca te vi!...

C@rlos@lmeida
(Foto da Net)

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