sábado, 28 de janeiro de 2017

A dança do sentir



Vagueia o fantasma de um passado
a dor de uma separação
melancolia que habita o outro lado
das palavras ditas sem razão.

Apenas o silêncio terrível
Entre aquilo que imaginei, em retalhos
Até que ponto é singular, afinal a vida?
E o seu rosário de pecados!

Não era preciso esperar pela noite
parece que ainda não tirámos tudo do momento.
Muitas vezes dentro do espelho
que me devolve a angústia deste tormento.

O olhar é sempre um olhar que escolhe
em pensamento pousado.
Sobre o amanhã, rasga horizontes
do tempo revolto observado.

Reclino-me e levanto os olhos ao céu
aguardo do alto um raio de luz.
Que me traga inspiração para viver
na dança do sentir que me seduz.

Farrapos do céu
sonhos misturados.
A plenitude do amor
nos nossos sonhos alados.

Palavras novas que jorram
inesperadas, em sentido inverso.
Que vivem nos seus limites
num mundo escuro e perverso.

E na consumação da paixão
já na Primavera da vida.
Sobre o véu da inocência
o vazio da perda sentida.

E com o poder do sol
histórias partilhadas por dentro.
Atiram fora todas as memórias
que jorram do pensamento.

𺰘¨¨˜°ºð004/2017𺰘¨¨˜°ºð
Autor: 𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð
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© Reservados os Direitos de Autor
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domingo, 22 de janeiro de 2017

Profundos Sentimentos



A vida alimenta-se
dos momentos presentes,
momentos sensíveis
e dos profundos sentimentos
neste difícil equilíbrio
entre o sonho e a realidade.

A vida alimenta-se
profundamente a sentir cada palavra.
Temos as facetas
que nos acompanham,
Elas compreendem
a nossa  alma, o nosso coração.

A vida alimenta-se
ainda que a escuridão nos chame.
A escuridão que nos faz sofrer
doer os olhos e os sentidos,
neste lado que sofre
e o outro que se sonha.

A vida alimenta-se
nessa sombra e nessa luz
que passa nas nuvens do céu azulado
que sobrevive a tempestades.
E enquanto um lado quer o outro
registo os laços que me sufocam.

A vida alimenta-se
dos profundos sentimentos.
Eles compreendem a nossa alma
na solidão da madrugada,
neste sentido que sofre
quando não existe mais nada.

𺰘¨¨˜°ºð003/2017𺰘¨¨˜°ºð
Autor: 𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð
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terça-feira, 17 de janeiro de 2017

O outro lado



Quando percorri
a estrada submersa,
aqueles instantes,
aquele azul… Anoitecer
até de manhã.

Mergulhei na vida
nas andanças
e nas palavras ali mesmo!
Ao sol, ou num recanto
de uma sombra.

Silêncio…
Há restos de amor!
O desejo de…
Um dia ali mesmo
voltar a amar-te.

Quando percorri
metade do sol
metade da lua,
um tanto de amor
outro de sonhos perdidos.

Com asas de infinito
pulsando dentro a razão
vejo em mim o outro lado…
Uma contradição que faz doer
apaga a minha alma e o meu coração.

𺰘¨¨˜°ºð002/2017𺰘¨¨˜°ºð
Autor: 𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð
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quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Fragilidades



Foi uma espécie de sonho
de uma noite de verão
tudo tão banal,
mas tão profundo
onde havia mistério.

Agora está o peso das palavras
palavras… palavras…
fragilidades de um barco de papel
que faz parte da minha força
tornou-se espessa.

Sujeito à força da gravidade
as palavras vão ecoar
fragilidade, como segurar a lua
silêncios incómodos
no meio da ventania.

Tudo ficou como estava
nem o sol escureceu, nem a lua brilhou
nem houve estrelas a mais…
Somente fiquei
esquecido das dores da alma.

𺰘¨¨˜°ºð001/2017𺰘¨¨˜°ºð
Autor: 𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð
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