segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Tudo...


 
Tudo o que não te dei...
do nosso encantamento
ao luar, esqueci o tempo
só sobrou o momento.

Tudo o que não te dei...
nas semanas cinzentas
em que nada aconteceu
na lua entre ti e eu!...

Tudo o que não te dei...
com alma e coração
naquela noite de luar
prazer... paixão...

Tudo o que não te dei...
como fui me apaixonar
naquela noite de explendor
a lua fluia no seu luar.

Tudo o que não te dei...
o fascínio, o prazer, a paixão
do luar, absolutamente nada
como se não houvesse desilusão.

Tudo o que não te dei...
queria gritar até ao amanhecer
bailar ao som do vento
até a lua desaparecer.

Tudo o que não te dei...
essa noite eu vou chorar
olhando para a lua
quero libertar-me desse luar.

Tudo o que não te dei...
tento apelar ao coração
tu lua és magia,
tu és sedução.

Tudo o que não te dei...
os momentos intemporais
o mel, o sonho, o luar
são vivências que não voltam mais.

Tudo o que não te dei...
ultrapassa a barreira do tempo,
a pulsação da própria vida
traz a lua com o vento.

Tudo o que não te dei...
como se fosse milagre
traz o despertar do luar
numa eterna saudade.

Tudo o que não te dei
ao luar, gostei e fui gostado
num passe de mágica
amei e fui amado.

Tudo o que não te dei
nas carícias infinitas
as nossas línguas trocaram
ao luar sobre as estrelas mais bonitas.

Autor: C@rlos@lmeida
Foto da net

Desesperado

Estou desesperado...
sem saber para onde ir
sem saber
como dar o primeiro passo
numa existência vazia
dos sinais de uma profunda tristeza.

Estou desesperado...
sinto-me subitamente vazio
de raiva, de lágrimas.
A terra parece que gira
rapidamente sobre mim.

Estou desesperado...
deambulo pela casa,
perdido em recordações,
limito-me a soltar a dor
de dentro de mim.

Estou desesperado...
decorreram horas...
a tarde passou
os derradeiros raios de claridade
apagarem-se.

Estou desesperado...
o sol desceu
fiquei aqui a observar
a lua brotar soberana no céu
num mar de estrelas.

Estou desesperado...
sem saber para onde ir
sem saber...
liberto um peso
que não tenho força para transportar.

Estou desesperado...
fecho os olhos...
passo em revista
todas as alegrias
mágoas e desilusões.

Estou desesperado...
sem saber...

Autor: C@rlos@lmeida
Foto da net

Feridas...

As feridas já estão fechadas
é certo,
mas as cicatrizes permanecem.
Ocultas lá no fundo
se calhar esquecidas
se calhar presentes
se calhar apagadas
se calhar vivas.
Cicatrizes que prefiro
não transformar em palavras.
Feridas...
do silêncio entre nós.
Dentro de mim
o frio constante
os olhos fechados!...
Dou por mim agora a olhar
ouvindo o tempo
junto ao mar!...
As cicatrizes permanecem
através do silêncio
e do olhar.
O silêncio tem sempre
muitas interpretações,
mas as cicatrizes
olham mutuamente
nos olhos,
e assumem que partilham
apenas a solidão.
As feridas...
o toque,
o beijo,
o abraço,
o carinho...
São escassas as palavras
que trocam
num véu pesado de silêncio.

Autor: C@rlos@lmeida
Foto da net

Um Beijo...


Um beijo quente
desperta as mais
variadas sensações…
beijo…
com calma
delicadeza,
de um impulso
romântico
o que pretende mesmo
é tocar o coração
de quem beija
e ficar para sempre
gravado na alma.

Beijo…
carinhoso…
profundamente envolvido.

Beijo…
Inesquecível
a brotar dentro de mim
um sentimento de esperança.

Beijo…
criativo
com magia.

Beijo…
mistério,
limita-se a sentir intensamente
como as palavras
sopradas para o ar.

Beijo…
longo
dentro de mim
que surge transfigurado
numa noite de amor
ardente.

Beijo…
arrebatador,
tímido e insípido.

Beijo...
quente
explosivo…
do fogo que arde
calado dentro de mim.

Beijo...
profundo
como o mar.

Beijo...
avassalador
como mil tempestades
a cruzar os ares
numa noite de inverno.

Beijo…
frio
que tenta quebrar o gelo
num misto de surpresa.

Beijo…
surpresa,
limita-se a invadir-me a alma
sem querer saber
o que o amanhã me reserva.

Beijo…
esquecido
que tarda em chegar
de quem sabemos…
amar!...

Autor: C@rlos@lmeida
Foto da net

domingo, 11 de novembro de 2012

Recomeçar


Acredito no amor eterno
essa fulminante partida
do coração.
Vem o amor,
ainda mais estrondoso,
forte,
mais assustador…
cheio de palavras
meigas, doces,
de amor eterno.

A outra metade da laranja
um suspiro leve
como a brisa da Primavera…
As palavras soltam-se
com caricias cegas,
no meio de beijos
e palavras de amor eterno.

Preso a cada gesto
como a brisa da Primavera
arrastado para um universo
mágico, onde nada
sucede por acaso.
As palavras soltaram-se…
como carícias doces
numas simples linhas
rasuradas de um caderno,
numa recordação amassada
pela mágoa daquele instante.

Como um tiro na escuridão
preso a cada gesto
como se o amanhã
não existisse
prendi-me inconscientemente
nas desilusões
de um amor eterno
que passou
a este sentimento de raiva
como um naufrago,
que naufraga a cada pensamento.

Já não acredito
nas palavras doces,
no amor estrondoso,
na brisa da Primavera,
nos suspiros leves,
no universo mágico,
que desaparece
por entre as nuvens
dos sentimentos.

Foto da net

Não sei

Só sei que sei!...
com os olhos vejo-te
só sei...
com o coração amo-te
se sei não sei!....
que com a minha alma desejo-te.
Não sei se sei!
Se sei não sei!
Só sei que sei!...
que um momento não é tudo
mas tu,
foste tudo num momento.
Só sei que sei!...
que o melhor lenço
para uma lágrima
é o sorriso
de quem se ama!
Só sei que sei!...
Com os olhos vejo-te
com o coração amo-te...
Não sei se sei!...
que a simplicidade é ter o céu
ter o mundo.
Se sei não sei
só te querer a ti.
Não sei se sei!...
com a minha alma desejar-te.
Só sei que sei
que o amor é como uma estrela
que o vento não leva.
mas sei...
que a maldade não destroi
e a distancia não apaga.
Não sei se sei!...
se sei não sei...
Só sei que sei!...
que o amor é maior que tudo,
supera qualquer coisa.
Só sei que sei!...
que sou um granito de areia
no meio desta imensidão...
Não sei se sei!...
Só sei que sei!...
Se sei não sei!...

Autor: C@rlos@lmeida
Foto da net


Espero por ti (mulher)

Cabelos esvoaçantes
ligeiramente ondulados
pele húmida
beijada pelo sol
plena de altivez
como se de um escultura
se tratasse.

Eu espero de ti
paixão
sentimento
autenticidade
e coragem.

Faz-me acreditar
na pureza e na beleza
que a vida contém.
Sóbria e delicada
cabelo solto e descontraido
o teu toque único
o teu cheiro inconfundível
o teu regaço é o mais confortável
as tuas palavras
as mais sábias.

Eu vou ter contigo
és para mim
um poderoso mistério
mulher que ama
mulher que odeia
ser que erra
comum mortal
com defeitos e virtudes.

Superas-te a ti mesma
no amor pelos filhos,
mulher que nos dá a vida
à sua maneira
e ensina a vivê-la
que nos ralha com carinho
e abraça com firmeza.

Eu espero por ti
dás-me o colo
para onde corro
sempre que algo corre mal
espero... pela boca
que em dá o silêncio
mais revelador.

És o exemplo de coragem
que é amar
sem condições
nem reservas.
De facto, não há nada
como a mão de uma mulher
no afago, na paixão...
no amor.

Autor: C@rlos@lmeida
Foto da net



sábado, 10 de novembro de 2012

A Solidão não existe

Gosto de estar sozinho
a solidão não existe
fico muito tempo a pensar nela
é tão forte e tão envolvente
como a rutura e a traição.

A solidão não existe…
nunca fica satisfeita
com a palavra “fim”
ouve, apaixona-se
porque retrata a vida
o corpo e a mente
sem grande esforço.

A solidão não existe…
no universo dos sentidos
faz-me voar para longe da realidade
leva-me ao âmago
das ilusões mais secretas.

A solidão não existe…
o anseio cresce
sem dizer uma palavra
de tal forma
que a solidão que sinto
leva-me aquele ponto culminante
em que explodo como um vulcão.

A solidão não existe…
Desesperada…
parte sem destino
em busca de…
uma mensagem de esperança
da alegria de viver.

A solidão não existe…
falo de coisas boas,
sem as quais a minha vida
não teria sentido,
viver num turbilhão de emoções.

A solidão não existe…
porque falo de amor e paixão
regresso aos meus sonhos
para voos mais altos…
começa como um sonho
onde há uma mágica.

A solidão não existe…
Parece pertencer ao domínio dos deuses
esse sentimento…
em tudo o que vê
transformando-o
na minha linguagem poética.

Autor: C@rlos@lmeida
Foto da net

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Lisboa


Cidade… que és muito bela…
Quebras os meus pontos de maturidade
feitos de paixão,
porque o tempo
não apaga nada.
Lisboa
cidade minha... és a mais bela...
e sempre em silêncio
com aquele brilho
que denuncia a tua beleza.
Depois dos sorrisos
e os aplausos...
Está escrito nos teus passeios
os beijos e abraços trocados,
a fragância encantadora
audaciosa
que apela ao romantismo...
Lisboa
cidade bela...
adornada dos teus monumentos
e cidadãos
vais buscar inspiração
para o teu universo
delicadamente florido nas janelas.
Cheira a Lisboa
no coração do teu castelo,
nos recantos mais profundos
a cidade é bela ...
A tua ternura
o teu romantismo
as noites de sedução
teu tejo azul-turqueza.
As ruas,
os pátios
as vielas
os pombos a levantar voo
num bater de asas "liberdade".
O Terreiro do Paço
com suas colunas imponentes...
És bela...
requintada
elegante
sábia.
Conheço-te alguns momentos da vida
o olhar,
os gestos,
os sonhos,
o passado,
o tempo todo
o tempo da alegria
o tempo da meninice
o tempo da tristeza
o tempo da mudança
o tempo de um sorriso
ou de um suspiro...
Lisboa
antiga, mas sensual
representas o amor
És linda!...
És Lisboa.

Autor: C@rlos@lmeida
Foto da net