sexta-feira, 21 de maio de 2010

Perdido na Noite...


Ando perdido na noite
cumpro o meu destino no lugar que me viu nascer.
Continuo a lutar por aquilo que perdi...
são estes os momentos que consigo saber o que pretendo.
O sonho mostra que nada foi em vão,
mas perdemo-nos de nós.
Um dia alguém me disse:
Vive o momento com que sempre sonhas-te!
não deixes pedra sobre pedra,
o lugar da paixão mais forte, por vezes devastador
que celebra a força da vida
o absurdo que rege a tua alma,
ao mesmo tempo que anuncia novos caminhos.


Perdido na noite...
quero-te a ti,
incapaz de imaginar um mundo diferente
frio e repleto de crueldade,
que espelha as formas do amor,
que revela memórias, sonhos , fantasmas,
os sentimentos de culpa,
muitas lágrimas e fracassos.


Perdido na noite...
fujo à loucura,
melodias enternecedoras
parecem florescer à minha volta,
e têm deixado marcas no que escrevo.
Memórias de um tempo passado,
e é aí que me apercebo que tenho de lutar
com todas as minhas forças por aquilo que quero.
Algo de tão essencial,
ilustra este mundo cheio de opostos,
neste coração infeliz.
Uma paixão improvável que luta contra o tempo,
sem truques é triste!
E tudo se transforma...
mas deliciosamente triste, dá-lhe vida,
faz girar o coração enquanto a alma o demove.


Perdido na noite...
Sonho acordado!
Dói olhar... olhar para trás e ver...
o teu rosto inevitável na minha mente
onde o caos e a destruição reinam,
com um piscar de olhos.
Há uma parte de mim que está desiludida...
O mergulho sentido,
o ínicio das palavras que tanto desejas-te esconder.
Foi nesta altura que me deparei com os meus sentimentos.
A vida de escolhas erradas,
uma loucura crescente
conta-se em poucas palavras,
o resto é incerto.
Tudo é um sonho, há coisas que não mudam.
Uma mistura irónica,
as palavras e sentimentos,
um grito de alma dolorido,
para que possa voar com as minhas próprias asas...
perdido na noite...

Mikii
(Foto da Net)

quinta-feira, 20 de maio de 2010


Vou atrás das palavras,
faço com que as palavras me sigam.
O meu coração está perdido
enterro os meus pés na areia,
o sentimento move-me a alma.
Tento romper entre a multidão,
depois, mergulho na solidão,
a minha mente é o meu mundo.
Todos os meus sentimentos,
estão numa folha de papel,
mas perco-me de mim...
Sou um coração que o gelo não derrete,
corro atrás dos meus sonhos,
corro atrás de um momento que se perdeu
para sempre no tempo.
Que faço eu?
Fico a imaginar os nossos encontros...
O sonho mostra que nada foi em vão,
memórias de um tempo passado.
Há muitas coisas que estão cá dentro...
a ausência, tão cruel o espanto que comove,
esta solidão tremenda
o fascínio pelo segredo ainda frio de emoções...
O tempo que passa...simples como eu.
Rabisco umas palavras soltas
partilho desse mesmo fascínio!
Que faço eu?
Como se o mundo não existisse
Eu sou um bocado assim,
como o brilho de um céu cinzento
como as mudanças temporais,vou esquecer,
vou esconder,o sorriso que me denuncia.
Que faço eu?
Trespasso o meu medo e sinto-me vivo,
porque o vazio fica perto do nada.
Podes imaginar o meu silêncio?
rodeado de areia quente e mar!
a distância das sombras, o silêncio à minha volta!
Um barco atracado e presente,
faz-me sofrer,mas por outro lado sorrir,
da estranha forma de vida.
Que faço eu?
Vejo-me no olhar que te dei,
quando me impus a mim próprio,
num conto da memória posso imaginar essa luz,
e às vezes adormecer...
Penso em ti quando a minha vida abranda!
Que faço eu?
Recordo apenas pequenos acontecimentos
que me indicam quanto tempo passou.

Mikii
(Foto da Net)

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Este Mar que me Embala


Sentei-me e olhei para a suavidade do mar.
Neste mar que reflete por vezes um estado de alma,
o poder da morte e do destino.
Vejo no mar, como o passado o presente e o futuro
se enrolam na espuma da água.
Este mar que embala,
A sua expressão mais profunda...
Deparo-me com o meu reflexo na água,
e de olhos bem abertos...
o meu coração toma todas as cores,
joga a vida, a capacidade de amar,
de crescer com coragem.
O vento não sopra sem destino
e o mar não se movimenta sem sentido.
É tudo tão complexo!
Neste mar que me embala...
mas tão delicioso, tão agradável.
Uma memória que se arruma ,
os meus sonhos mais extravagantes...
No mar... um afecto construído de sofrimento.
Lá longe... é preciso mais do que palavras!
Aqui perto, a tua espuma quero beijar...
na tua água transparente mergulhar...
Este mar onde muitas vezes consigo entrar...
nas rochas onde as tuas ondas vão rebentar.
Mar...Como te posso odiar sabendo que te amo?
Neste mar que me ambala, as tuas ondas
tornam-se fortes, doces, salgadas,
simples e eternas, baseadas na ilusão do sentimento.
Não posso parar de sonhar e isto foi tudo o que eu senti...
A tua forma inesquecível, o belo é perfeito
não subsistem palavras que compensem
visões tão sublimes.
Quando as coisas me dizem respeito, sofro em silêncio.
Sinto que não tive escolha e sinto que sou culpado,
neste mar que me embala.
A imensidade do oceano acalma-me,
feita no insuspeito, primeiro estranha-se
depois entranha-se.
Ai...Mar acordado não te vou seguir,
não te vou evitar, apenas vou viver a cada passada conquistada,
as minhas mudanças de humor.
O humor oscila...
mas não posso, não consigo!
não quero, nem tento, em ti
o primeiro pensamento do dia e o último da noite...
Ai... Mar pedaço feito de ordem e de calma,
apenas me consigo guiar pelo teu balançar sinistro
oculto, difícil de alcançar.
O meu pensamento parou,
como eu queria... ter-te dentro de mim
Mar... tão delicioso, tão adorado
Há muito tempo levado, mas jamais apagado.
Mikii
(Foto da Net)