sexta-feira, 14 de junho de 2013

Falo-te de mim

 
O meu olhar é profundo
o meu coração é sofrido
a minha respiração é doce
sou um vulcão adormecido.

O meu calor é magnético
sou o amante e o amigo
o meu toque é divino
sou sonho e poesia…

O meu sorriso é o céu
sou o silêncio e a solidão
quando me aproximo sou meloso,
o meu perfume é maravilhoso.

Sou em palavras o amor que me consome
a minha voz melodia
sou o cavalo branco que tu queres montar!
o meu prazer é o teu desejo.

Sou como o céu de delícias divinas
o pedaço que te falta!...
sou a maravilhosa melodia
o brilho de amor e felicidade.

Sou o desejo do teu ser,
do querer a luz do prazer.
Sou o olhar meigo e cheio de amor,
o brilho da felicidade

Sou filho das estrelas
sou  o vazio, a solidão
sou o reflexo da saudade,
sou o que transmite o coração.

Sou uma estrela
algo assim!
um cometa, um sol...
Sou feito de algo sem fim.

Ando sem destino
amo tudo em mim
este sou eu…
Eu sou... assim.

Autor: CarlosCoelho
Foto da net

O silêncio fala mais alto

O silêncio fala mais alto
como se procurasse respostas
aos sentimentos

O silêncio fala mais alto
ao recordar o momento
da coragem.

O silêncio fala mais alto
dos tempos que passámos
na esperança.

O silêncio fala mais alto
quando os meus olhos iluminados
se encontraram nas incertezas.

O silêncio fala mais alto
abandono o passado
nos sonhos.

O silêncio fala mais alto
quando as nuvens passam
nas emoções.

O silêncio fala mais alto
há algo forte e sólido
nos nossos momentos.

O silêncio fala mais alto
o desejo floresceu
das angústias.

O silencio fala mais alto
nas horas incertas
da paixão.

O silêncio fala mais alto
desde o sussurro mais nobre
dos desejos.

O silêncio fala mais alto
nos sonhos secretos
dos nossos segredos.

O silêncio fala mais alto
contornando cada detalhe nosso
na raiva.

O silêncio fala mais alto
na forma de falar sentida
das saudades.

O silêncio fala mais alto
no silêncio das fantasias
da madrugada fria.

O silêncio fala mais alto
oxalá a mentira absurda
não se transforme em sofrimento.

O silêncio fala mais alto,
é algo difícil de se entender
na melancolia.

O silêncio fala mais alto,
derruba as fronteiras
da serenidade.

O silêncio fala mais alto,
nesta força terrível da verdade
do destino.

O silêncio fala mais alto,
quebra a cadeia do tempo
e do medo.

O silêncio fala mais alto,
na ilusão de que tudo
poderia caber dentro do amor!...

O silêncio fala mais alto,
como se fosse um contratempo
do silêncio.

Autor: CarlosCoelho
Foto da net

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Cruzamos o olhar

Cruzamos o olhar
como algo que não nos é permitido
assim como uma nuvem
além no infinito…

Eu vou voar,
até os céus explodirem.
Deixa o que tu calas-te
e eu tanto precisava.

Perdido no vazio,
ainda que seja um labirinto
cruzamos o olhar,
depois da fantasia.

Perdido no vazio,
quantas vezes no meu canto
em silêncio… guardo as lembranças
nos versos tristes que invento.

Como poeira
ao vento,
oiço o trautear do passarinho
pequenino e belo.

E no final descobrimos
que no seu corpo se transporta
para lugares, onde nunca fui.
E quantos como eu nunca foram…

Cruzamos o olhar
entre sonhos… entre vidas…
E no final descobrimos
mil razões para viver  um sonho alado…

O sol, as águas límpidas do rio,
o tempo passa e o menos importante
é tudo o que resta
quando, cruzamos o olhar.

Horas profundas, na ilusão do sentimento…
Cruzamos o olhar,
para ganhar o tempo
que o tempo nos rouba.

E um belo dia, no entanto nada resta.
Tudo parece estranho
e tão deserto…
São apenas alguns sentimentos.

Cruzamos o olhar,
os encantos que desnudam
o erotismo do sonho.
E tudo o que posso sentir é este momento.

Autor: CarlosCoelho
Foto da net

Eu...

Perdi o jeito de sorrir que tinha!
Sei que nunca fui perfeito,
já lá vai o tempo em que acreditava
em princesas montadas num cavalo.

As coisas ou são ou não são!
Domino os meus sentimentos
e sou bastante racional.
Também não deixo qualquer pessoa
entrar no meu mundo.

Sou inteligente
persistente…
Sinto-me muito homem
porque faço o que quero
e tenho imensas responsabilidades.

Sou alguém que vive o amor
sem tempestade.
Tenho um carácter pacífico
um temperamento doce.
Não me acho bonito!

Quando acordo,
não gosto de ver-me ao espelho.
Ainda por cima acordo com mau feitio.
Por norma sou uma pessoa bem disposta,
entro nas brincadeiras e não levo a mal.

Em tempos… era mais puro!
Agora já não confio tanto nas pessoas.
Adoro desafios e gosto de ser posto à prova,
mas também tenho receios,
apesar de acreditar nas minhas capacidades.

Não gosto de me expor…
Eu…
Apesar de não ser pessimista,
uma das minhas maiores virtudes
é estar sempre preparado para o pior.

É tolice eu afirmar que a minha vida
é só felicidade.
há coisas que não imaginamos,
que nos preenchem.

Adoro o mar!
E falar do mar…
Também tenho um desejo incontrolável
de experimentar as emoções da vida.
Eu… sei que nunca fui perfeito.

Autor: CarlosCoelho
Foto da net

Olha para mim

Olha para mim
hoje eu só quero saber
onde é o começo ou o fim.
A liberdade permite sonhar
e o que sonhamos aconteceu.

Olha para mim
e mergulha na doce bruma
dos meus olhos
onde pulam os meus sentimentos.
Amar é deixar brotar o que já existe neles!

Olha para mim
no gozo do amor há um segredo…
Dois seres, duas vidas procuram-se
entre as sombras da noite.
A audácia desafia.

Olha para mim
o amor é também um mistério
alma, sentidos, coração
palavras mornas que adormecem
ao fogo da paixão.

Olha para mim
quando mergulho profundo nos teus olhos,
nos sinais que a tua pele traz
implorando compaixão
num abraço apertado.

Olha para mim
e incendeia-me com o teu olhar
aqui onde o mar bate fortemente nas rochas
Quis regressar com o silêncio…
ouvir o eco da praia.

Olha para mim
olha para o meu ser…
è apenas o som do vento!...
A empurrar os pequenos grãos de areia,
Que parecem não ter fim.

Autor: CarlosCoelho
Foto da net

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Uma lareira a crepitar

Uma lareira com o fogo
a crepitar…
Os lençois contorcem-se
tentando disfarçar
respirações ofegantes,
pequenos gemidos
e os corpos que se abraçam
na procura do outro.

Uma lareira com o fogo
a crepitar…
A boca repousa ofegante
ao lado do meu ouvido.
E fecho os olhos!...
Sei que sou a última gota de orvalho
que alguém quereria
para não morrer à sede.

Uma lareira com o fogo
a crepitar…
Apesar do frio, que corta o ar
tal era a embriaguez dos sentidos…
E beijei-lhe o corpo
centímetro a centímetro…
Aqueles lábios mágicos,
com sabor a mel e jasmim.

Uma lareira com o fogo
a crepitar…
E o meu desejo aumentou
louco e tormentoso.
A respiração descontrolava-me
os movimentos…
E por instantes
perdi o ar!...

Uma lareira com o fogo
a crepitar…
Congelava-me a respiração!
toda aquela liberdade,
magia e cor
que transparecia,
cores vermelhos e laranjas
seduzia-me imenso.

Uma lareira com o fogo
a crepitar…
Abracei-a!
Como poderia eu deixar de o fazer?
Ela estava ali, nua aos sentimentos
e descoberta pelas emoções
o momento depois… só nós
o poderíamos tornar especial.

Autor: CarlosCoelho
Foto da net

No fim da noite

No fim da noite,
nem um sopro de vento
nem o sorriso desfeito
tem o olhar afogado
na simplicidade das lágrimas.

Como se tivesse perdido a memória,
no fim da noite
haverá sempre uma luz indecisa
os braços abertos
para abraçar.

No fim da noite,
palavras chegam...
à boca
uma emoção ocorre
um medo que regressa.

Nos olhos, um sorriso
porque o olhar não vem
nos olhos que fogem e se fecham
carregado de ecos do passado,
de desejo.

No fim da noite
o silêncio é profundo
a lua desapareceu
o sol passou e no olhar,
a tristeza de uma paisagem nocturna.

No fim da noite,
sem memória
feita de inocência
a respiração pára.

A tempestade adormeceu
com o vento…
No fim da noite,
o mar está longe! 
o céu está coberto por uma
bruma espessa.

Está mais claro que a areia,
que o mar!
No fim da noite.
como se fosse uma carícia infinita,
um adeus,
resta apenas o barulho.

No fim da noite,
sem palavras,
sem tinta para escrever.
atrás dos vidros das janelas
só me resta mesmo o silêncio,
o céu já não está em movimento,
não vejo o mar!
no fim da noite.

Autor: CarlosCoelho
Foto da net