quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Feliz Natal e Próspero Ano de 2012


Natal Engraçado
Recados Atualizados para Orkut é no Glimboo!


C@rlos@lmeida

O meu conceito de Natal

Envelhecemos todos ao ritmo do próprio mundo. Tudo o que acontece na minha vida acontece sempre por alguma razão. Tento tirar sempre o lado positivo das coisas.
Fazem-me crescer e amadurecer. Amadurecem os sentimentos mais rebeldes.
Não me considero materialista, sou apologista das tradições natalícias, opto por dar mais significado aos valores familiares do que propriamente às tradições de Natal.
Sinto esta época natalícia de forma sentimental, até porque na minha infância o Natal era sempre muito triste e sofrido.
O meu Natal ideal é aquele que envolve toda a família, junto a uma lareira acolhedora, com o frio lá fora. Lembra-me os meus melhores anos de infância nas beiras.
Actualmente, já que o tempo é pouco, tento sempre estar com a minha família e confraternizar neste dia, lembrando o nascimento de Jesus. Quando era miúdo nunca fui exigente, mas pensava nas prendas. Nunca fui muito de pedir, contentava-me com o que me davam. Sempre fui habituado pelos meus pais, a dar importância ao carinho e a tudo o que damos ou compramos o ano inteiro quando precisamos do que propriamente às prendas.
Com os anos quebrou-se o encanto, mas não a magia.
As recordações que guardo desta quadra são aquelas que me acompanharam sempre… a minha fé no Pai Natal, o cheiro a prendas e a comida, do rosto de cada elemento da minha família, aquela luz única que se vive e se sente no natal… que se chama “menino jesus”.
O verdadeiro espírito de Natal é aquele que nos eleva a alma, nos torna mais espirituais e menos materialistas.
Esta data sensibiliza o meu coração e faz-me pensar seriamente nos pobres e nos injustiçados espalhados por esse mundo.
Celebrar o Natal é abandonar o egoísmo e abraçar o entendimento e a harmonia entre as famílias.
Segundo o que penso do Natal, irei transmitir o mesmo conceito de “natal” que os meus pais me legaram a mim. Acima de tudo o Natal é a celebração do nascimento do menino jesus. Hoje em dia, infelizmente dá-se mais importância às prendas, à figura do Pai Natal, colocando-se de lado a verdadeira lógica da quadra.
Com a chegada dos meus filhos voltei um pouco a quando era criança: comecei a viver outra vez, toda aquela magia.
Aos olhos das crianças, a árvore de Natal, as luzes, os enfeites, as prendas e os doces são, muito provavelmente, as mais evidentes tradições desta quadra, assim também o consideram os meus filhos.
Paz amor e harmonia são alguns dos sentimentos mais nobres que costumo pedir para esta época do ano, pese embora o facto de ser essencial para o resto do ano.
A dádiva e a partilha deveriam ser uma parte integrante da vida de cada um de nós em todas as ocasiões e não apenas no Natal.
Num momento em que a vida de todos é tocada pela ternura de uma época em que a dádiva é esperada, a partilha a meu ver é um dos mais bonitos gestos do mundo.
Mas o que eu gostaria que houvesse neste e em todos os Natais era: mais amor pelo próximo, e coragem, mais sentido de respeito para com Deus e este Planeta fabuloso que ele criou.
Numa quadra onde a família se reúne e passa momentos de alegria, faço questão de reforçar os laços que me unem aos meus familiares mais chegados e junto deles relembrar os acontecimentos marcantes da festa de Natal.
A quadra natalícia é vivida com mais intensidade e pureza pelas crianças do que pelos adultos, pois “os adultos têm muito em que reflectir” há sempre alguma nostalgia no ar.
Para mim o Natal é o culto da família e das memórias. O ambiente de felicidade e paz faz-me lembrar e pensar também naqueles que amei, mas já não estão comigo e penso mais nas injustiças da nossa sociedade. Por isso o natal ainda tem algum significado para mim… muito… a começar pelas memórias. É um tempo onde o amor entre as pessoas se partilha de uma forma mais forte e mágica.
O menino jesus é afinal o símbolo da esperança e de dias melhores; hoje e sempre.
Resumindo, para mim o Natal são os valores que me foram transmitidos como a seriedade, o respeito, o amor, a ternura, a partilha, para que seja um homem bom e possa contribuir para um mundo melhor não só no Natal, mas em todo o resto do ano.



FELIZ NATAL


BOM ANO DE 2012


C@rlos@lmeida

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Carta Irónica ao Pai Natal 2011



Pai Natal
Sempre gostei muito do Natal e lembro-me que todos os anos escrevia ao Pai Natal a pedir prendas exorbitantes.
Ainda bem que nesse tempo ainda não existia a troika nem a Angela Merkel.
E tu Pai Natal poe-te a pau porque com a austeridade que vai no mundo também corres o risco que o teu mito seja desfeito este ano ainda.
Bolas! Pai Natal demorei estes anos todos a convencer-me de que, afinal, o Pai Natal dos meus sonhos não existia!...
Pai Natal
Só quero acordar todos os dias sem me deixar ofuscar por este mundo que é fascinante e, ao mesmo tempo, assustador.
Gostaria de dizer, simplesmente que prefiro ser um “alienígena selvagem” “feio” “porco” e “mau” do que ser mais um daqueles que anda por aí a ver andar os outros.
Afinal nesta sociedade quem é que são os verdadeiros “maus da fita”?
Sou eu ou os que têm o poder nas mãos?
Gente errante, sonhadora, egoísta, excêntrica que tenta superar com humor a dura realidade da vida que leva.
Das evocações e dos efeitos psicológicos e emocionais, uns nostálgicos, outros perversos, que afectam o presente.
Mas não consigo compreender esta indiferença Pai natal…
A maldade e o cinismo deixam-me muito triste e são tristes essas pessoas. Pai Natal o mais importante é trabalhar, manter-me ocupado, divertir-me e ter tempo para a família e amigos.
Pai Natal eles andam tristes os cortes são muitos, se calhar é importante que as pessoas saiam do seu mundo de riqueza e luxúria e encararem a realidade daqueles que nem sequer dá para cortar.
Também sou apologista de que o mal seja punido.
Pai natal todos nós ouvimos histórias de encantar e belos contos de fadas na meninice, mas com o passar dos anos apercebi-me que as pessoas eram más e só são alguém no meio da falsidade e egoísmo. Há pois é… tirando isso são uns miseráveis, uns tristes.
Mas vamos aprendendo Pai Natal…
À medida que crescemos vamos vivendo e vamos levando pancada o que faz com que o nosso olhar sobre as coisas se vá modificando, vamos estudando as pessoas que nos rodeiam, vamos definindo o nosso carácter e acabamos por ir observando as coisas de uma forma mais desidealizada, desmistificada… Mas não fiques triste Pai Natal, as pessoas nem sempre gostam de se deparar com pessoas frontais. Fui educado a sê-lo. Não é agora que vou mudar.
Obviamente que o meu objectivo não é ferir ninguém, até porque é natal tempo de paz e amor.
Pai Natal tem cuidado, porque a emoção e o amor ao próximo estão a ser um pouco postos de lado. A inteligência e outras capacidades não valem nada, viver numa sociedade assim ostracizada e isso leva-me a desejar algo mais da vida. No que toca ainda à malvadez convém não esquecer…
Estes são estereótipos bons para trabalhar. Vejo hoje como as pessoas se atropelam os direitos e a vida das pessoas.
Pai Natal , hoje em dia assistimos cada vez mais, aos amigos que traem os amigos e às pessoas que magoam as outras, por vezes sem necessidade nenhuma.
É uma luta entre aquilo com que querem que nós vivamos e aquilo com que vivemos. Os grandes senhores julgam-se perfeitos, mas a imperfeição é muito mais bonita do que a perfeição, porque a perfeição não existe.
Pai Natal há profissões que aproximam as pessoas do drama, dos momentos mais escuros ou dos mais felizes das vidas dos concidadãos.
Aprendi a manter a serenidade sem mudar o que quer que seja. O sentimento que tenho neste momento é o mesmo daquele que há quando um casamento acaba: o melhor é despedirmo-nos antes de estragarmos o que ficou para trás.
Pai Natal…! Não acredito nas pessoas. Não acredito que as pessoas são o que querem. Não são!
Não! Nós não somos o que queremos, somos fruto da genética!
Por razões várias tive sempre alguma dificuldade em estragar coisas. Sempre guardei as coisas velhas, vesti-me sempre com roupas muito usadas nunca fui do género de olhar para as montras.
Não entendo como é que as pessoas vão daqui para Londres ou Paris para fazer compras de Natal.
Pai natal o supérfluo faz-me alguma confusão. Por natureza não gosto de estragar. Os ricos estão a ficar muito mais ricos, sobretudo aquelas pessoas que se movimentam à vontade pelo mundo e tornam tudo deles.
O homem é capaz de tudo para sobreviver, e, portanto, os senhores do mundo, vão riscar do mapa uns biliões de pessoas para que os que ficam possam sobreviver.
Pai Natal na Europa, com a austeridade já vai acontecendo…
Entretanto a humanidade continua a crescer! Não vai dar!... a única solução é reduzir.
Pai Natal, acho importante retirar ensinamentos das situações que vivemos, mas nunca olhar para o futuro como uma desgraça, porque isso é muito mau. Devemos aprender com as experiências, sejam boas ou menos boas, para assim poder amadurecer, e depois poder continuar a vida.
Ai, ai! Agora é que vão ser elas!...
Hoje em dia, maltrata-se muito o Português. Até os ministros falam mal!...
Austeridade, austeridade, austeridade, tróica, tróica, tróica, quase que até parece a música “jingle bells, jingle bells”… mas em versão moderna!
Pois é… pai Natal estou mesmo a terminar.
Agora falando sério…
Como tu sabes, à medida que vamos caminhando para a idade adulta e madura, o Natal passa a ser também um tempo de nostalgia e até de depressão.
Pouco a pouco a família foi perdendo alguns elementos e a saudade associada à perda torna-se muito presente na noite da consoada.
A solidão pesa mais nestes dias, e muitas pessoas desejam que o tempo voe para que o sofrimento cesse.
Os conflitos familiares vêm ao de cima, e o espírito de Natal é invocado como forma de abrir um período de tréguas, até que tudo volte a ser como era.
As crianças mantêm-se alheadas de tudo isto e esperam ansiosamente pelo momento de abertura das prendas.
O Natal é das crianças e um dia chegará o momento, em que também elas serão adultas e perceberão que a vida é muito mais dura e menos colorida que os embrulhos. Até lá só lhes é pedido que sonhem, pois os pais “Natais”, tudo farão para materializar os desejos por forma a manter longe, muito longe, a sombra do trauma, esquecendo-se que são as dificuldades que nos fazem crescer e tornarmo-nos homens e mulheres emocionalmente equilibrados e capazes de enfrentar as agruras da vida.
As pessoas têm tudo o que as coisas para das não têm.
As pessoas pensam, sentem, sofrem, poupam e morrem…
Pai Natal!... Vê lá se consegues mudar alguma coisa para melhor em 2012, que este ano foi uma desgraça.
Na minha opinião é deixá-los falar e seguir o nosso próprio caminho, o ciclo da vida é a melhor forma para conseguirmos pelo menos ser felizes neste Natal.


Feliz Natal
Próspero Ano 2012

C@rlos@lmeida

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Em Silêncio


Eu vivi em silêncio
á beira do limite,
cada passo
cada segundo…
A realidade pode ser apenas,
uma aparência
que alimenta o sonho.

Eu ouvi o silêncio
o poder da imaginação
não resisto ao seu “olhar”
um olhar azul
uma noite calma
profunda e intensa
que me alimenta a alma.

Eu bebi em silêncio
coisas que eu senti
as feridas mais difíceis de sarar
momentos de angustia
escritos a lápis
que quero apagar
que me alimenta o pensar.


Eu sofri em silêncio
quando eramos um só
e nesse abraço forte
quando o frio apertou
do teu corpo, os mistérios
olho por dentro o sofrimento
que alimenta o que restou.

Eu senti em silêncio
quantos erros cometidos
tantas vezes!
No calor de um beijo teu
cristais de ilusão
tiveste em mim o teu espaço
que alimenta o sentimento.

Eu amei eu silêncio
amor… sentimento maior
rosas vermelhas
bálsamo da vida,
um choro calado
parece flutuar à deriva
que alimenta o amor.

Eu odiei em silêncio
a felicidade
a infelicidade
Senti o peito gelar-me o coração.
tu… eu… nós…
criamos um amor
que alimenta o ódio.

Eu vivi em silêncio…
Eu ouvi o silêncio…
Eu bebi em silêncio…
Eu sofri em silêncio…
Eu senti em silêncio…
Eu amei em silêncio…
Eu odiei em silêncio…

C@rlos@lmeida
(Foto da net)