terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Uma lágrima incómoda


Fechei os olhos,
Inspirando a brisa salgada
que me perfurava a alma
sentado à beira –mar
como quem guarda a praia.
Descalço de coração apertado!
Tentei quebrar o silêncio
limpando uma lágrima incómoda.
Mas o tempo passou, como…
uma canção bem triste,
junto ao mar.
Perdi o domínio…
comecei a escrever com a alma
na ponta dos dedos.
De certa forma,
as coisas moldam-se a nós,
vivo intensamente
vou a caminho…
É aqui que eu guardo
algumas coisas que encontro
que são só minhas…
Pronuncio palavras com os lábios
mansamente para a areia
que o futuro
se encarregará de não confirmar.
A vida é viver intensamente,
não se pode pensar,
hesitar,
voltar atrás.
Limpando uma lágrima incómoda,
preencho o vazio
faço promessas
pronuncio palavras
volto a acreditar na vida…
ela não dá tréguas!...

C@rlos@lmeida
(Foto da net)

No meio da neblina


Trazia o sol no sorriso
um sorriso alegre e cristalino…
Seria apenas o sol?
no meio de uma neblina
ou também o silêncio
os sentimentos e as emoções?
A vida que me enlouquece
nesta busca incessante de incertezas
que rasga o esquecimento.
Todos os sorrisos
todos os prazeres…
Fico absolutamente vazio
e prefiro retirar-me
para o meu interior,
para a minha solidão,
para o meu silêncio.
Muitas vezes sinto-me só
no meio de uma neblina
e quando isso acontece,
é mais uma forma de escrever
é mais um impulso criativo
e é assim que resolvo a solidão.
Fico a tactear na escuridão
continuo a procurar o meu caminho
o meu espaço…
Por vezes não sofro… amo-me a mim.
E por vezes basta uma simples “gota de água”
para me transmitir
algo profundo
no meio de uma neblina.
Olho para o espelho e digo “vou mudar”
Desabafo… num tom calmo!
Fecho os olhos e deixo-me ir,
Fartei-me de gastar palavras…
Aos poucos abri os olhos
E da claridade
Nasceu a realidade
No meio de uma neblina.

C@rlos@lmeida
(Foto da net)

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Gosto de te ver assim

Gosto de te ver assim
só tenho para te dar,
o que sou, o que sinto.
E restam as palavras
o meu silêncio em tua alma
o aroma,
que a chuva provoca
e inunda o meu olhar.
Palavras não ditas
pensadas
sentidas…
Gosto de te ver assim
e nesse delírio chego a sentir
o mais profundo sentir.
Apago os silêncios
da loucura,
apenas com o objectivo
de em ti me encontrar,
mesmo que o silêncio
faça parte de ti.
O olhar que me prende
a alma que me sente
nos sons que invento,
vem assim… bem devagar…
Gosto de te ver assim…

C@rlos@lmeida
(Foto da net)

Choros e lamentos


Adeus choros e lamentos
ódios que esqueci
amores que já não sei…
mesmo quando, lhe ofereci
o colo e palavras doces,
vazios entregues ao destino.
Cá dentro, só buracos e erros
um longo sofrimento
o sentido que me permite ser
aquilo que eternamente desejo ser.
Acredito piamente que um dia,
não muito longe
não muito perto,
num tempo que há-de vir,
no espaço prometido
isso terá lugar,
acontecerá…
Debaixo de um céu carregado de nuvens
conquistar uma forma de liberdade
correndo o risco da solidão,
virar as costas ao passado
às agruras da vida
aos fantasmas antigos.
Chegam em silêncio
e velam para que não durma…
nunca mais durma!
Adeus choros e lamentos,
Vou partir…
Partir para mim próprio…
Abram-se os horizontes
para poder sentir o sol
o vento frio e seco…
Ah, e debaixo da chuva
suscitar emoções,
sentimentos, reflexões,
fantasias, choros e lamentos
que separam a noite
da manhã rosada.

C@rlos@lmeida
(Foto da net)

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Sedução



Não te vejo, não te ouço
Dois destinos sob o teu olhar
Que encanto dá o teu rosto
Tenho muito para te mostrar.

A meiguice desse olhar.
Sinto algo a despertar em mim
Tens ternura de sol-posto
Não dá para esconder assim.

Sei que tenho de agradar
Esse lindo olhar de menina
Tens poder de sedução
Mas eu vou cumprir a sina.

Serás sempre o meu anjo
Faço tudo o que quiseres
Tu… minha jóia encantada
Podes dizer o que queres.

Tens carícias de luar!...
Nunca deixas de encantar
Não vou parar, vou crescer
De ti posso- me orgulhar.

Fazes parte dos meus planos
És fonte de inspiração
Vamos juntos, tu e eu
Amar sem compaixão.

Ganho asas para voar
Mereces muito ser feliz
Teu caminho é o meu
É o meu anjo quem mo diz!

És meu sol ao amanhecer
Nunca deixes de sonhar
Faz o que quiseres de mim
Dou-te um beijo, ao acabar.

C@rlos@lmeida
(Foto da Net)

A noite em que nunca te vi...


Procuro-te
para além do meu próprio ser
e de tanto procurar,
já não sei qual de nós está ausente.
Imagino-te sentada no degrau
que te leva até ao mar,
paro escuto e acaricio
o teu corpo,
confundindo os teus olhos
com o luar,
na embriaguez do instinto.
Imagino o teu corpo,
despido como uma sereia,
e num misto de prazer
calo os gritos calados
que saem dos teus lábios
sem se ouvir.
O beijo é urgente!
anseio um abraço
um abraço lento
lento e ternurento
mas sempre intenso
como um lenço colado ao corpo
por um vento que ninguém sente…
só eu…
como aquele que senti
na noite em que nunca te vi!...

C@rlos@lmeida
(Foto da Net)

domingo, 22 de janeiro de 2012

Coração em ruina


Não sei se vou chorar
Não sei se vou gritar
Não sei como te amar
Mas de repente a razão acorda-me
Olho para ti e sinto que tudo pode mudar.
Tocámo-nos
Despimo-nos
Não pensei
Tu… também não.

Não sei se vou chorar
Não sei se vou gritar
Não sei como te amar
Acendi a lareira
Afaguei o caminho que caminhas
Para procurar o abraço quente,
E à chegada da estrela da manhã
Teu corpo serpentear...
Para arder na fogueira da paixão.

Não sei se vou chorar
Não sei se vou gritar
Não sei como te amar…
Conheço bem cada pensamento teu
Que como um louco repito
Sinto-te perto ainda que longe!
Como a minha sombra
A tua vida não posso agarrar.
Já não consigo acreditar…

Não sei se vou chorar
Não sei se vou gritar
Não sei como te amar
Olho o horizonte, deixei de te ver.
Se tudo tem um começo
Vou continuar a perguntar porquê?
Antes que a roda da vida
Desperte em nós o ardor
E nos junte mais uma vez.

Não sei se vou chorar
Não sei se vou gritar
Não sei como te amar
Sabe bem ter-te por perto
Sem medo do brilho que dure
Que dirás se o tempo nos der o tempo
Sobre uma estrela perdida
E olhando sem olhar
Mil e um segredos.

Não sei se vou chorar
Não sei se vou gritar
Não sei como te amar
Coração em ruina
Na penumbra do quarto,
Desvendas fantasias
A dança das chamas
Mais dias, mais noites
Sei que a ti vou-me entregar.

C@rlos@lmeida
(Foto da net)

Que vale esta vida



Que vale esta vida
Se de tanto cuidar
Não tiver tempo
Para parar a olhar?

Sem tempo para ficar
À sombra dos ramais
Parado a olhar
A vida dos demais.

Sem tempo para ver
Quando pelo campo passar
Em que ramos os melros
No seu ninho vão guardar.

Sem tempo para ver
O sol a brilhar
Rios cheios de estrelas
Qual céu á noite a cintilar

Sem tempo
Para o resto da beleza contemplar
E observar os seus pés
Quando está a dançar.

Sem tempo para esperar
Até a sua boca poder
O sorriso dos seus olhos
Finalmente enriquecer.

Que pobre esta vida
Se de tanto cuidar,
Não tiver tempo
Para parar a olhar.

C@rlos@lmeida
(Foto da net)

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Acredito no amor


Acredito no amor
quando é tempo de amar
gosto de saborear
cada momento da vida.

Acredito no amor
sofri… tive bons e maus momentos
tempo para pensar
as mudanças.

Acredito no amor
o caminho faz-se caminhando
pleno de sonhos
na madrugada.

Acredito no amor
novamente, de alma
coração e paixão
até à exaustão.

Acredito no amor
nas implicações
de cada passo dado
sem sabor.

Acredito no amor
tentei esconder isso
o olhar sério
e profundo.

Acredito no amor
provavelmente
dentro do meu quarto
em silêncio

Acredito no amor
do dia
ao sol pôr
até ao anoitecer.

Acredito no amor
o silêncio de todos nós
resumir em palavras
o que significou.

Acredito no amor
descalço a olhar o mar
desfeito
na espuma dos dias.

Acredito no amor
porque não sou capaz de ficar… sem amar
Ele não se procura…
Simplesmente … acontece.

C@rlos@lmeida
(Foto da Net)

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Como um rio


Deslizei pelo tempo!
Como um rio…
Nem sabia que tinha tudo isto
cá dentro de mim,
e até penso...
Se não terei perdido
tanto tempo no meu passado…
Deslizei pelo tempo
como um rio
e fui passando, passando…
Não vinha ninguém!...
Quero aperfeiçoar-me
sinto que saí desta corrente.
Não, porque tenha sido mau,
corri atrás de outro sonho,
quando oiço as palavras…
nunca digas nunca!
Às vezes acho que encontrei!
E depois… nada.
Tanta coisa
em poucas palavras.
Quero ir,
mas quando lá estiver
sei que vou querer voltar.
Quero sonhar com o lugar onde não estou
sonhar com o lugar onde passei
e achei que não era esse o local ideal.
De me iludir
de sonhar
de nunca estar satisfeito.
Quero ir…
pelo cheiro da terra
pela cor do mar
pelo calor
pelo frio
deslizar pelo tempo!
Como um rio.

Autor: C@rlos@lmeida
(Foto da Net)

Palavras ao acaso

Acontece muitas vezes apetecer,
baixar os braços e desistir.
Em cada momento,
em cada lugar,
a vida revela mais sobre
quem o diz
do que, sobre ela própria.
Apetece,revelar especialmente,
quando sei que faço tudo
longe do mundo,
onde o sol brilha intensamente,
longe da vida,
no frio de uma noite de inverno,
da maneira certa,
com a melhor das intenções
com a ânsia de conhecer,
de conviver,
de viver.
Ou se convive com a verdade
ou ignora-se!
E… o castigo é continuar
infinitamente a errar.
Os defeitos são as qualidades,
os meus medos são as certezas
da minha outra parte.
As esperanças são os medos,
que me ajudam a buscar a felicidade.
Cada um de nós procura a outra parte
que nos completa
que preencha algo que nos falta.
Assim, buscamos no outro
o que não temos,
ou o que não somos.
Como o modo de amar,
ou de estar na vida,
ou da forma como nos ilumina.
Ou alguém aparece
e dá um arraso
em tudo o que foi feito...
Aquilo que a vida revela.


C@rlos@lmeida
(Foto da net)

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

O Brilho do farol


Diz que não é tarde demais
Agora… parto sem mágoa
Já não quero estar aqui.
Quando o sol se esconder no horizonte,
quando toda a dor vier à tona
só o tempo vai curar.
Tu vais entender!
Tento chegar ao farol,
e não encontro uma saída.
Eu sei… que não sou escritor
e por isso procuro palavras,
para definir este lugar tão belo.
Tudo fica mudo!
Aqui!... Neste porto de abrigo.
Eu vou gritar ao mundo!
Já sofri por amores que vivi.
Neste farol…
Onde o horizonte começa e termina
e o tempo espera.
Tanto silêncio…
Queria entender as razões
que só o tempo pode curar…
Neste porto de abrigo
vou-me encontrar.
Vale a pena acreditar
Cá!… vou gritar ao mundo
tudo pelo que passei.
Aqui!... acabou-se a dor
que me parte em pedaços.
Além do brilho do farol,
o horizonte…
leva-me até ti,
Quando tu não estás…
O farol,
o mar calmo,
o silêncio,
levam-me até ti.
Não queria tanta solidão,
não sei onde estás,
mas não penses em te afastar de mim.
O farol…
Este meu porto de abrigo
onde oculto
os meus sentimentos
pelo menos, algumas vezes.
Aqui!... onde o mar começa
e a terra termina.
Além do horizonte, do pôr-do-sol
tenho o brilho do farol.

C@rlos@lmeida
(Foto da Net)

domingo, 15 de janeiro de 2012

Apenas sentidos


Apenas sentidos...
a loucura de ser louco
pelo ardor desta paixão.

Apenas sentidos...
que brotam do meu sentir
tudo encanta.

Apenas sentidos...
um banho de poesia
pelo ardor desta paixão.

Apenas sentidos...
onde está a magia
dos antigos recantos da minha alma?

Apenas sentidos...
que brotam do meu sentir
a loucura de ser louco.


C@rlos@lmeida
(Foto da net)

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Desafio...


O tempo não pode acabar
Com um amor sem explicação.
Não amo pela beleza,
Amo apenas porque o tempo não pode acabar.

A vida ensina-me
Que nada recebo
Sem que primeiro
Tenha dado tempo.

Os erros são um sinal
De coragem
E de por vezes me desviar do tempo
E experimentar outros caminhos.

O desconhecido assusta
O tempo é um desafio
E os desafios fazem-me crescer,
evoluir, sair do marasmo.

A competição pode ser
O catalisador que me tira tempo.
O desânimo faz
Com que mostre a minha garra.

Enquanto houver amanhã
A perda de tempo
Não deve ocupar a mente
Com águas passadas.

Sinto no meu interior
Que independentemente de ser belo
O tempo, não é digno
De ser amado.

O tempo não pode acabar
Pode sofrer derrotas
Pode até cair
Mas isso não faz dele derrotado.

C@rlos@lmeida
(Foto da net)

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Milagre!


Amar é entregar-me,
Sem medo e sem reservas
A algo superior e incontrolável.
Milagre!
Amar é dar e receber e transformar em doce
Tudo o que é potencialmente amargo.

A felicidade é para aqueles
que querem ver-me crescer,
e a tornar-me verdadeiramente grande.
Milagre!
Se o que tenho a dizer
não é mais belo que o silêncio.

Talvez seja altura de parar,
numa súbita fractura de mim,
num quebrar de alma.
Milagre!
Nas saudades do que já fui
em que todas as coisas se fundem.

São precisas torrentes de sangue…
Olho em volta e percebo
se precisar de ajuda não hesito.
Milagre!
Não tenho de fazer
esta travessia sozinho.

Controlo as minhas emoções…
Quando deixa de ser uma batalha minha,
desculpas vêm sempre a calhar.
Milagre!
Aos olhos do mundo
basta uma lágrima.

A felicidade é para aqueles…
Que andam ao sabor das ondas,
tento não ver apenas o lado negro da vida.
Milagre!
Quando a tempestade passar,
a poeira baixa e o sol volta a brilhar.


Amar é dar e receber…
Para se executarem grandes coisas
Basta uma lágrima
Milagre!
Para amar… há que viver
Como se nunca fosse morrer.

Controlo as minhas emoções…
os quereres, as necessidades, os devaneios,
Pois é necessário canalizar toda a energia.
Milagre!
Este corpo no final,
Será misturado com a lama.

C@rlos@lmeida
(Foto da net)

sábado, 7 de janeiro de 2012

Suave


Suave…
Palavras loucas
que se lêem nos olhos
serenamente.
Amarras secretas
são palavras que o vento leva.

Suave…
o sentir,
o sentido,
o despertar dos sorrisos
que nasce do desejo.
na pele que veste o corpo.

Suave…
o que a alma sente
porque não pode ser amor,
mas tua magia
suave borboleta
penetra na lua.

Suave…
que mais posso fazer?
não levas apenas o meu cheiro
nem os meus beijos
em tua face
e num sopro vais!

Suave…
borboleta
és brisa intensa
lua branca que brilha.
Tenho nos olhos guardados,
o tremor do teu desejo.

Suave…
palavras de todos os dias
fico calado,
na sombra do que sou,
que se mistura com o passado.

Suave…
a música da noite,
apenas por instantes
sou a voz da música que escutas.
Mudemos as palavras
troquemos os sentidos.

Suave…
A vida é poema
a verdade é sempre melhor que a mentira
mesmo que doa.
É de vento que me alimento
porque há silêncios que dizem mais que palavras.

Suave…
É a tua amizade,
assim como a lua,
assim como a canção
que me confidencia
segredos.

C@rlos@lmeida
(Foto da Net)

Assim, pouco a pouco


Assim pouco a pouco
um traço, faz ressaltar as palavras.
A esperança,
a ilusão,
o abismo…
Ou mesmo o mais ínfimo sorriso.
Terão o mesmo destino?
A esperança que se busca compreender,
a ilusão…
Sempre temperada pelo sol da ironia.
O abismo…
Depois do silêncio,
de pensar a vida,
O amor,
o tempo,
a morte,
o corpo,
ou mesmo o mais ínfimo sorriso.
O sorriso…
Rir, rir, rir…
num atroz abismo,
depois do silêncio.
Assim pouco a pouco,
pessoas que passam ao de leve na vida
terão o mesmo destino,
irão cruzar-se para sempre
no silenciamento das vozes.
Fazem ressaltar palavras…!
A esperança…
um vulcão de emoções.
O abismo…
torrencial.
A ilusão…
a que ignoro, quando em sussurro
percebo a vida que me rodeia.
O sorriso…
que guardo enquanto o dia
se esquece de mim.
O silêncio…
apago-o e isso talvez
me dê uma sensação
de liberdade e paz…
Assim pouco a pouco…

C@rlos@lmeida
(Foto da net)

Tempo

Tempo, falta-me tempo
falta-me tempo
para ter paz
para o nada
para o vazio
para ficar disponível.
É muito importante
ter momentos,
tempo…
pleno de vazio.
Falta-me tempo
vivo momentos,
e vou guarda-los para sempre.
Tempo,
que expressa
o que me vai na mente
e no coração.
Falta-me tempo
a expressão do olhar
traduz o sentimento,
os instantes mágicos,
suspensos nos teus encantos.
Tempo…
e o silêncio inspiram-me,
mostro-me,
mas nunca me dou realmente
depois da sedução
do amor…
Tempo… falta-me tempo
Tempo sobre a razão de viver
Tempo sobre a importância das coisas
Tempo…
no corpo e na alma
para ouvir os outros.
Falta-me tempo
Para abdicar de tempo,
de vida,
de privacidade
de emoções
de sentimentos…
Ás vezes penso
que está tudo
ao alcance das mãos.
Mas… falta-me tempo.

C@rlos@lmeida
(Foto da Net
)

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Paixão

Afinal…
Quem és tu?
que me procuras
quando a noite cai
na busca de maior serenidade.
És paixão…
que não queres saber nada,
mas sentes tudo.
És a melhor a atingir metas
mesmo que silenciosas
mesmo que nunca ditas
mesmo que escondidas
entre desejos e receios.
És paixão… és alguém
que me encosta o ombro
sem perguntar nada!
Carregada de sonhos,
e de sonho…
O sonho que rapidamente
se transforma em pesadelo.
És paixão…
de conversas à lareira
de noites de insónia
largadas ao vento,
ou na cama de alguém…
Estás guardada no coração.
Paixão…
por detrás de uma cortina!
quando chega aquela aragem
o lugar não tem nome
Afinal…
Quem és tu?
que fechas a janela ao adormecer.

C@rlos@lmeida
(Foto da Net)

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Vive cada instante

Vive cada instante...
A nossa vida,
foi feita para amar.
Não sonhes...
vive cada instante.
Tudo no mundo é frágil,
a minha alma
de sonhar-te
anda perdida.
Vive cada instante
nos turbilhões
que o vento levantar.
Tanta sombra em redor...
Vive cada instante!
A vida é simples,
olha-a de longe
fingindo ter pena
no coração vazio.
Eu sei que sonhei
ainda sem amor
por ninguém!
Vivi cada instante
e nesse sonho
eu já nem sei quem sou.
A brisa do mar
vive cada instante...
Dá-me a tua mão
que me acaricia o rosto
e a minha boca triste
e dolorida.
Vive cada instante
porque se morre,
no beijo que procuras
aprisionado dentro do peito.
Acredita...
vive cada instante
a nossa vida
foi feita para amar.

C@rlos@lmeida
(Foto da Net)

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Dois corpos saciados


Dois corpos saciados
que voam perdidos
despidos…
Ontem vi-te nua, pela primeira vez
no abatido silêncio.
Senti os acordes nostálgicos
das batidas do teu coração,
até nos fundir-mos num só.
E rimos, brincámos e conversamos
para o céu alcançar.
Que importa para onde vou
uma boca, um beijo
sede, desejo
e o tempo sentiu
a minha alma.
Quero sentir
o respirar da tua boca
dentro de mim.
Um corpo delineado de mulher…
E amanhã?
relembro tudo de ti,
tudo de mim,
muito de nós…
Dois corpos saciados
o que sou
o que tenho para te dar
o que te quero dar
até ao céu chegar…
E gostei do que vi
e gostei do que senti
e gostei…
e gostei…
de conhecer esse teu lado
frágil, vulnerável, sincero.
Dois corpos saciados
a chama do amor
beijos…
Sentidos, cansados
suados, molhados
despidos de devaneios sem fim.
Das tuas mãos reflectindo
pedaços da tua alma
um aroma a cetim
entregue ao amor
entregue á vida
entregue a mim,
dois corpos saciados.

C@rlos@lmeida
(Agosto de 1984)
(Foto da Net)

domingo, 1 de janeiro de 2012

Mais um ano passou


Mais um ano passou…
2011
Como um sonho!
Sonhei mas não me lembro.
Tento pensar como é que me sentia
quando não estava perdido.
Os passos lentos
absorveram o escuro
na angústia
até que mais nenhum sonho me toque.
Será que foi um sonho triste?
Belo?
Envolvente?
Ou uma história de solidão ?
O sonho acabou…
O ano terminou
E algo ficou
ficaram as certezas
ficaram as sombras
ficaram as cinzas
ficaram os gestos
ficou o olhar
ficaram as palavras
ficou o consolo
ficou o amor
ficou o fogo
ficou o céu
ficaram os caminhos
ficou o passado
ficaram as ideias
tudo se transformou em passado.
O ano acabou…
O sonho acabou…
2012
Um ano novo começou
num piscar de olhos.
Com ele veio:
O amor
A paixão
A amizade
A paz
O frio
A palavra
O poema
A música
O olhar
A esperança
os sorrisos
os pensamentos,
Cheios de esperança

C@rlos@lmeida
(Foto da Net)

ANO NOVO

Feliz Ano Novo
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