terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Uma lágrima incómoda


Fechei os olhos,
Inspirando a brisa salgada
que me perfurava a alma
sentado à beira –mar
como quem guarda a praia.
Descalço de coração apertado!
Tentei quebrar o silêncio
limpando uma lágrima incómoda.
Mas o tempo passou, como…
uma canção bem triste,
junto ao mar.
Perdi o domínio…
comecei a escrever com a alma
na ponta dos dedos.
De certa forma,
as coisas moldam-se a nós,
vivo intensamente
vou a caminho…
É aqui que eu guardo
algumas coisas que encontro
que são só minhas…
Pronuncio palavras com os lábios
mansamente para a areia
que o futuro
se encarregará de não confirmar.
A vida é viver intensamente,
não se pode pensar,
hesitar,
voltar atrás.
Limpando uma lágrima incómoda,
preencho o vazio
faço promessas
pronuncio palavras
volto a acreditar na vida…
ela não dá tréguas!...

C@rlos@lmeida
(Foto da net)

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