segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

O trabalho e a fome



O trabalho é o mais importante…
Chega agora o momento de elogiar a alma!
O melhor de dois mundos…
Combinar virtudes,
regimes,
mas garantir…
água,
alimento,
segurança,
para não falar
de outras condições de vida
a que nos habituamos
e que vão fazer bastante falta.
O nosso papel parece insignificante,
mas é tão precioso
como o pequeno grão
que enche o papo à galinha.

𺰘˜°ºð 0007 ðº°˜˜°ºð
Autor: 𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð
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Ao Abrigo do Código de Direitos de Autor 

Procuro afinal algo único?



Compreendo o comportamento dos humanos. Esse instinto, se é que assim posso chamar, um comportamento com clara intencionalidade existe nos humanos e tem explicações na vida.
Procuro os que sabem das coisas da transcendência para que a morte faça parte da salvação e não descida aos infernos. Abrigo este impulso e faço o que posso para apaziguar as dores do corpo e desfazer as dúvidas da alma.
Por força de fazer valer a minha razão. Pensava que não era possível fazer isso. O comportamento é perfeitamente uma situação bastante favorável.
Devido a um irreprimível impulso, deixei-me seduzir pela atração do abismo. Eu tomei uma opção: tornei-me um homem, decidido, muito corajoso e ao mesmo tempo absolutamente indiferente.
Decidi enfrentar a opinião de toda a gente, mas o mais interessante é que me confronto com o que eu próprio penso.
Às vezes ajo na razão, inversa das minhas pulsões mais profundas e de vários propósitos.
Não só! Também aceito o ponto de vista dos outros. Se calhar também é por isso que às vezes sofro.
Mas há outras razões mais prováveis, isso é uma coincidência!
A situação não foi criada por mim, eu próprio por vezes fico surpreendido. Tenho-me assumido várias vezes como "revoltado" "transgressor" de uma série de coisas que não fazem sentido para mim...
Quando não me interessa arranjar problemas, rompo, pura e simplesmente.
Eu tenho seguido o meu percurso. Para mim é só isso. Hoje não me considero, propriamente revoltado, tenho um comportamento que não é fora do vulgar como isso.
Faço a minha vida, como qualquer mortal. Tenho de obedecer de certa forma a uma estrutura.
As minhas filhas contribuíram para que compreende-se as coisas de outra maneira.
Crio uma boa relação com as duas. Não tenho estado tão presente como gostaria, mas a presença derivado a isso, melhora muito.
Porém, também há espaços de liberdade, que tenho de saber encontrar. Mas é muito mais que isso.
O que faz as pessoas conversarem sobre coisas tão inseguras como a "memória" a "morte"? Ou o " tempo", algumas falam de si mesmas, porque de um modo ou de outro, falamos sempre de nós mesmos.
Que procuro eu?
E que encontro ou não encontro um espaço para o ser, ou para a existência, ou para alguma forma de solidão serena e feliz?
O objectivo expresso é a discussão desforma lizada e múltipla como uma conversa de café.
É por isso, expressão inquieta, mais ou menos circunstancial ou profunda, de uma identidade.
Talvez, então. Quem sabe?
Procuro afinal algo único e impartilhável?
O meu próprio rosto? Ou a fugidia forma dele? Onde é possível ás nossas palavras, e com as nossas mágoas ir ao encontro das palavras dos outros e alguma coisa alcançar?
Ou, encontrar um espaço e um tempo, físicos ou afectivos, fora dos fechados limites da vida de todos os dias?
Mas algo mais in concreto e mais imperativo, anima as palavras e os gestos dos que vêem algo. Uma esperança ou uma confusa convicção de felicidade tem o poder de me fazer amar?
E, que, se calhar, é o que de persistente humano existe em cada um de nós " ser", mesmo quando tudo parece desmoronar-se...

𺰘˜°ºð 0006 ðº°˜˜°ºð
Autor: 𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð
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domingo, 28 de janeiro de 2007

Memórias da minha aldeia



Desde miúdo ficou-me gravado na memória
aquele cheiro forte à terra,
àchuva, à natureza bruta.
Opovo tão alegre, tão amistoso
que foi ensinado a amar,
como eu fui ensinado a ter orgulho
de ter raízes nortenhas ( beirãs).
Nas faces rosadas de um povo feliz
por desconhecer a palavra "stress".
Povo destinado a acolher a burguesia citadina
de sexta a domingo.
A saudade do chiar dos carros de vacas
ao fim da tarde.
Os campos de milho e batatas…
Não é difícil idealizar o passado.
Uma vez, jurei voltar á província.
Ali toda a gente se conhece, não há azar.
Desde puto fascinado e guloso,
escutei descrições das mil e uma avarias da malta ;
"gabadas e aumentadas".
Em serões, ao redor dos carros de milho nas cascadas ou
"desfolhadas", onde se cantava
e dançava ao som do "vira"...
vozes cristalinas cantavam.
Davam-se beijos ao encontrar o milho rei,
bagaço e figos secos.
Nessa altura era-me muito difícil idealizar o futuro.
Houve uma altura que jurei ficar lá
e não sair de onde nunca devia ter saído ( acho eu ) .
Como eu (outros) cresceram num mundo já crescido.
Tão crescido que me provocava torcicolos,
Obrigados, como éramos a participar nas tarefas diárias
da vida quotidiana.
Quando pedia ao meu avô histórias da sua geração,
o rosto fechava-se-lhe não querendo falar disso...

𺰘˜°ºð 0005 ðº°˜˜°ºð
Autor: 𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð
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É bom sonhar



Como sempre
É no meu refúgio
Que eu escrevo…
Quer os meus sentimentos,
a minha revolta,
quero que me vai na alma.
Por vezes sinto vontade de chorar!...
E até choro
por ver tanta indiferença
em meu redor.
Será que só eu e mais ninguém
consegue ver o que eu vejo?
Ou simplesmente…
Não querem ver???
Sempre gostei de sonhar...
Com o melhor do meu ser,
Se deixar um dia de sonhar
Então… mais vale deixar
de viver.
Desde pequenino...
 A sonhar!
com os olhos do mundo a ver,
todos os dias de cabeça para o ar
como o mundo está a sofrer…
É de facto bom sonhar,
mas não sei bem porquê
há coisas boas para sonhar,
mas nas más não…
para quê?
Se o mundo hoje termina-se
eu deixaria de poder sonhar
mas como isso não vai acontecer
com os sonhos o mundo posso mudar.

𺰘˜°ºð 0004 ðº°˜˜°ºð
Autor: 𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð
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Felicidade


Eu...
acho muito bonito…
descobrir quem vive,
nem que seja, através de mim.
 Sou um homem inquieto
É muito claro!
Ninguém sabe!!!
Defendo-me…
 Tenho muito medo,
medo de sofrer.
Aprender a envelhecer é…
muito mais do que os nossos olhos dizem!
 Quando eu morrer,
morrerão comigo…
segredos... É irónico, por razões várias.
claro que há sentimentos!
 Vejo um olhar triste,
com muita serenidade.
Cresceu, ergueu-se
aos poucos porém.
 É …
como dois corpos
que se foram fundindo
um no outro.
 Já nada se receia
a felicidade é isto…
Sempre a fazer memória!
nas noites intermináveis.
 Dizer sentimentos..
Afectos
Impossíveis de mostrar
Eu sinto…
 Sinto…
Uma guinada no coração,
Outras vezes o meu sangue ferve.
no lugar a que pertenço.
 Aconchega-me o corpo e a alma.
e… todas as coisas
que não posso contar 
Para trás um mundo !...
A felicidade é isto…


𺰘˜°ºð 0003 ðº°˜˜°ºð
Autor: 𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð
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sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Sentido de ti







Em nenhum momento
Tentei compreender-te…
Conheço os teus segredos
os teus sentidos mais puros…
Sei que és real.
Quero saber se há algum
sentido em ti.
Quando faço amor contigo
fazes-me perder a noção
do certo e errado.
Sei que te enganas a ti própria
minha alma ainda tenta
vaguear em teus pensamentos.
Quero entrar no teu coração
dar-te prazer em todos os momentos.
Vives na escuridão
a vida não se engana!
Olho e não te encontro
quero ver-te e figo cego
procuro na tua cama.
Tua distância, enlouquece-me
Sonho acordado, mas sei que existes…
Procuro… o sabor do teu cheiro
o sentido de ti...
que eu próprio construi.

𺰘˜°ºð 0002 ðº°˜˜°ºð
Autor: 𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð
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quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Imaginação





“”A imaginação é feita de memórias!
Tristes daqueles que não imaginam.””


Autor: 𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð
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Não te deixarei partir!



Um grande amor só se avalia bem
Depois de se perder.


 Não te deixarei partir!


 Vem tombar sobre o meu corpo.
Olhando para mim…

 Lá onde está o mar...
E quando nos meus olhos te encontraste?

Não te deixarei partir!

E quando no fim do mundo,
Por ti me arrasto?

E morro de saudades...
O dia esgota-se entre as nuvens.

Não te deixarei partir!

As ilusões renascem!
Amar-te-ei até ao fim

Sobre o sonho
Ou a loucura…

Não te deixarei partir...

 ðº°˜˜°ºð 0001 ðº°˜˜°ºð
 Autor: 𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð
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