quarta-feira, 5 de junho de 2013

No fim da noite

No fim da noite,
nem um sopro de vento
nem o sorriso desfeito
tem o olhar afogado
na simplicidade das lágrimas.

Como se tivesse perdido a memória,
no fim da noite
haverá sempre uma luz indecisa
os braços abertos
para abraçar.

No fim da noite,
palavras chegam...
à boca
uma emoção ocorre
um medo que regressa.

Nos olhos, um sorriso
porque o olhar não vem
nos olhos que fogem e se fecham
carregado de ecos do passado,
de desejo.

No fim da noite
o silêncio é profundo
a lua desapareceu
o sol passou e no olhar,
a tristeza de uma paisagem nocturna.

No fim da noite,
sem memória
feita de inocência
a respiração pára.

A tempestade adormeceu
com o vento…
No fim da noite,
o mar está longe! 
o céu está coberto por uma
bruma espessa.

Está mais claro que a areia,
que o mar!
No fim da noite.
como se fosse uma carícia infinita,
um adeus,
resta apenas o barulho.

No fim da noite,
sem palavras,
sem tinta para escrever.
atrás dos vidros das janelas
só me resta mesmo o silêncio,
o céu já não está em movimento,
não vejo o mar!
no fim da noite.

Autor: CarlosCoelho
Foto da net

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