quinta-feira, 20 de maio de 2010


Vou atrás das palavras,
faço com que as palavras me sigam.
O meu coração está perdido
enterro os meus pés na areia,
o sentimento move-me a alma.
Tento romper entre a multidão,
depois, mergulho na solidão,
a minha mente é o meu mundo.
Todos os meus sentimentos,
estão numa folha de papel,
mas perco-me de mim...
Sou um coração que o gelo não derrete,
corro atrás dos meus sonhos,
corro atrás de um momento que se perdeu
para sempre no tempo.
Que faço eu?
Fico a imaginar os nossos encontros...
O sonho mostra que nada foi em vão,
memórias de um tempo passado.
Há muitas coisas que estão cá dentro...
a ausência, tão cruel o espanto que comove,
esta solidão tremenda
o fascínio pelo segredo ainda frio de emoções...
O tempo que passa...simples como eu.
Rabisco umas palavras soltas
partilho desse mesmo fascínio!
Que faço eu?
Como se o mundo não existisse
Eu sou um bocado assim,
como o brilho de um céu cinzento
como as mudanças temporais,vou esquecer,
vou esconder,o sorriso que me denuncia.
Que faço eu?
Trespasso o meu medo e sinto-me vivo,
porque o vazio fica perto do nada.
Podes imaginar o meu silêncio?
rodeado de areia quente e mar!
a distância das sombras, o silêncio à minha volta!
Um barco atracado e presente,
faz-me sofrer,mas por outro lado sorrir,
da estranha forma de vida.
Que faço eu?
Vejo-me no olhar que te dei,
quando me impus a mim próprio,
num conto da memória posso imaginar essa luz,
e às vezes adormecer...
Penso em ti quando a minha vida abranda!
Que faço eu?
Recordo apenas pequenos acontecimentos
que me indicam quanto tempo passou.

Mikii
(Foto da Net)

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