quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Fecho os olhos e...

Fecho os olhos e saboreio a noite cá fora
O frio, o escuro
Olhares alheios sem sentido
Que passam
Coisas que ainda procuro
no meu espírito,
não sei como evitá-lo.
São momentos,
Muitas palavras ao mesmo tempo…
Tiritando de frio,
em vez de optar por me recolher,
fecho os olhos e saboreio
as gotas de chuva.
Como é fascinante o silêncio!
Tem coisas estranhas
com algo de cruel.
Fecho os olhos e saboreio o meu amor
à música e as palavras.
Tantas palavras que saem do meu íntimo
que me deliciam e comovem,
onde posso rir e chorar livremente
rir de mim, chorar para mim.
São momentos
Que se misturam com o silêncio.
Há coisas que ainda procuro
Saudade que cresce,
com o tempo vai passando,
em que aprendi coisas que nem sonhava que existiam.
São momentos
Sem ruído e cinzentos.
Fecho os olhos e saboreio cada letra que escrevo…
letras minhas
pensamentos meus.
Lá ao longe, um relâmpago no céu cinzento
é para lá que os meus olhos são levados…
Olhares alheios voltam a passar.
Vejo no seu olhar a sua interrogação …
O que faz aqui este doido ao frio?
Porquê?
Sem saber porquê procuro outro sentido…
Não é em mim!
é na busca do sentido.
Fecho os olhos, saboreio o som maravilhoso
das ondas a bater nas rochas lá ao longe.
Cai uma chuva miudinha…
O som de Sarah Brightman – A Whiter shade of Pale
simplesmente maravilhosa.
A chuva afinal não é chuva… é maresia !
Fecho os olhos, mas tenho de escrever
esta página que quero deixar fechada.

Mikii

(Foto da Net)

Sem comentários: