quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Cartas esquecidas


Dei comigo a estremecer
perante a beleza impressionante
das palavras, dos poemas,
das cartas esquecidas!

Ao amor que o sofrimento
tornou invencível.
Esquecidas de tudo, eram intemporais
as palavras rabiscadas!...

Alguns momentos,
pequenos gestos
pensamentos paralelos
que a mente liberta.

Quanta mágoa, tristeza!
interrogações que correm sussurradas…
tantas palavras
tantas cartas esquecidas

São estas as cartas
que servem de bálsamo para a dor,
cartas que servem como fonte de inspiração
tal como a música.

Cartas que transmitem o que vivemos…
depois de viver!
tentando não perturbar o estado mágico
em que pareço mergulhado.

Palavras que deixam transparecer
nas entrelinhas alguma tristeza!...
cartas que magoam e fazem relembrar
a cicatriz que faz doer!...

Segredos que inundam os meus sentidos!...
uma atmosfera irreal
que povoa a mágica
que só o amor pode oferecer.

Cartas esquecidas
quem as escreveu, sem saber sequer
o poder de imaginar
enredos e emoções.

No pano de sonho
prazer e angustia
de quem escreve e dá
a quem lê.

Estão lá as palavras do pensamento,
um tempo que já não existe
os sonhos um pouco absurdos
de prosseguir no presente as marcas do passado…

Assim no ar congelado
naquele espaço, naquele tempo
meras recordações… meras lembranças…
Nas cartas esquecidas.


E tu?
Será que fugiste?
Será que continuas onde sempre estives-te?
Sobre um monte de palavras mortas… esquecidas?




Autor: Mikii
Foto da net

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