sábado, 4 de janeiro de 2014

A noite cai na cidade

 
 
Quando a noite cair
na cândida escuridão
talvez rasgue os horizontes
do sol escondido,
sereno no seu esplendor.
A lua espreitará
e assumirá a sua posição…
Que vale o nosso pensamento
se o esplendor for amplo
à rua onde moramos?
Subiríamos a escadaria
E amar-nos-íamos no velho mirante.
Quando a noite caísse
não se acenderiam as luzes…
amar-nos-íamos ás escuras,
mesmo nas luzes escassas.
A nebulosa das ondas
esconderia o nosso amor
a marginal brilharia…
Ao longe o casario
completaria a encosta, e seria
testemunha do nosso amor.
Eu e tu passearíamos o sangue
as lágrimas… os corpos…
os sonos que nos consomem.
Agora aqui neste passeio
à media luz, junto ao mar,
na baia  aquelas mágoas
que teimam em ficar.
Os corações exaustos
de tanto amarem…
Olharíamos a luz ténue da cidade
deixaríamos  a nossa mocidade
no velho mirante
que é teu
bela cidade.

 
Autor: 𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð

Foto de Denis Nolet

 
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