sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Às vezes...


Às vezes… no silêncio da noite, a magia silenciosa de um olhar,
cala mil palavras a proferir.
Às vezes… mais do que palavras
dissipo-me no eco do silêncio em mim.
Às vezes… a profundidade de um olhar
pode ser tudo e nada.
Às vezes… olho simplesmente o vazio
o oceano fundo de emoções.
Às vezes… escuto o vento que leva a ti
o meu lamento.
Às vezes… o grito perde-se na garganta
e cria um imaginário dentro da minha própria realidade.
Às vezes… vivo apenas um dia após o outro,
apenas por viver.
Às vezes… este cansaço imenso preenche o vazio,
mas há dias que vem tomar conta de mim.
Às vezes… recordo pensamentos de outrora
tormentos de cruel solidão.
Ás vezes… a tristeza e a desilusão pago-as com lágrimas
a felicidade e o carinho pago-os com sorrisos.
Às vezes… chorar lava-me a alma e faz crescer
a semente da evolução pessoal.
Às vezes… afinal partilho o amanhecer
que desabrocha lá fora.
Às vezes…
amo
amo a vida
amo quem me rodeia
mas… apenas sobra o vazio…
estranho…
apenas o vazio se apodera do meu peito.
E vivo…
Às vezes… sinto-me dormente…
sei qual é a minha condição ao partir,
não sei qual será ao voltar.
Às vezes… prossigo um objectivo,
um horizonte… penso que estou ausente, distante.
Às vezes…Olho o sol e a lua…
sinto o vento no rosto.
Às vezes…sinto os meus lábios sobre os teus
unidos num beijo.
Às vezes… quando escrevo ao sentimento
é com amor no coração.
Às vezes… como forma de me encontrar, torno a escrita mais leve
dou-lhe asas para voar.
Às vezes…

C@rlos@lmeida
(Foto da Net)

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