Visitei a solidão...
o olhar ficou perdido.
Vi-te a olhar para mim,olhos nos olhos,
num tom esbatido pelo tempo.
Um ar misterioso,
um intenso perfume a nostalgia,
o lado selvagem
a insondável natureza do amor.
Visito a solidão...
Não fico a lamentar
um pedacinho do céu.
Eu sou do mundo,
sou de todos e de ninguém
sou o vento que passa,
sou a paixão e a desilusão.
Sou o ar do tempo,
a serenidade intemporal
na hora da paixão.
Sou um sonho demasiado grande,
uma viagem pelo passado
Sou dono do sonho e da solidão.
Visito a solidão!
de olhos muito abertos,
o sorriso suave,
um diálogo nem sempre escutado,
da sombra à luz.
Olho para o céu,
vejo o ar de absoluta paz
e tranquilidade,
os caminhos do universo,
nuvens azuis pensativas
e os deuses que nos protegem.
Visito a solidão!
Choro na madrugada,
pisco o olho ao sonho
quando a angustia aperta.
Um novo dia começa...
cheio de mistérios e segredos.
troco gestos de carinho,
voo em busca de calor,
na esperança de escapar
a toda uma brisa que queima,
entre memórias e desejos,
ilusões, delírios...
faróis de esperança.
Visitei a solidão...
Abri os olhos, em silêncio,
sem dormir, a pensar...
de quantos segredos é feito o amor.
Atravessei a vida,
soltei a minha voz
no calor dos raios de sol.
Nas minhas ilusões.
criei coisas boas e coisas más
recordei os meus erros
com um sorriso enternecido.
Visito a solidão!
apenas procuro um sentido para ela
dentro da cabeça e do coração.
Busco um lugar na vida!
Aqueles olhos vidrados,
verdes pensativos...
O seu abraço amado,
o sentido das proporções,
as emoções quentes...
nem longas nem breves,
onde a vida acontece,
onde me encontro, amo e odeio
quando visito a solidão.
Mikii
(Foto da Net)
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