domingo, 31 de outubro de 2010

Destroços


Destroços, apenas destroços…
Todos os destroços que eu quiser
É tudo o que me resta!
Perco-me nos meus anseios
Minutos tornam-se preciosos.
A memória traz à tona constantemente,
as tuas palavras formando frases que confundem
a minha inteligência.
Destroços, apenas destroços…
Houve tempos em que precisei de chorar,
Saber acalentar um coração,
E deixá-lo voar para longe de mim quando ele precisar.
Ninguém sabe como!
Esse tempo em que eu perco a alma,
as palavras, as letras formando um bailado ondulante
como se fosse uma despedida,
uma pausa, um descanso,
para outro dia recomeçar.
Destroços, apenas destroços…
De um lado, a lua enorme,
a minha confidente mais íntima,
nos dias de dúvidas indecisões e angústias,
de não saber o que fazer!
Um vazio frio e escuro,
quem o tem, tem momentos
em que não sabe se os queria ter tido.
Destroços, apenas destroços…
Quando a poesia da cama me leva,
o ar que a minha vida necessita.
E tou aqui, morto por dentro,
frio sem rumo a seguir,
preciso saber falar e calar,
sobretudo, saber ouvir o que as palavras
não dizem…
Destroços, apenas destroços…
Alguns deles não procuro,
basta-me saber que eles existem…
Quando o vento sopra, lembranças de momentos,
cruzam o nosso caminho algures no tempo.
Muralhas de pedra podem ser derrubadas,
Muralhas de silêncio, destroem-me em:
Destroços, apenas destroços…

Mikii
(Foto da Net)

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