segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Grito alvoraçado


A poeira assentou,
onde não se vive de fantasia
porque é que tenho de silenciar o grito?
O grito alvoraçado!
onde a mentira teme em aparecer, a calar razões.
Grito…
Vou sentir-me completamente perdido!
Será que um dia nos voltaremos a encontrar?
Grito às estrelas!...sem complexos nem pretensões.
Que raio de vida!...
Não só de uma palavra… “Merda”, mas também de uma frase.
Grito… “Puta que Pariu”.
Apanhaste-me desprevenido…
Porque é que o meu sorriso não consigo mostrar?
E eu aguento!
Numa vida sem esperança…o grito é bem mais profundo,
do que insistir nas sombras, um bocadinho ao sabor do tempo!
Quer dizer que estou perdido?
Não!!!
Mas para quê esperar, se o grito é o ar que respiro, mas não alcanço.
Também às vezes tento perceber, só uma em poucas palavras.
Destroem-se almas
Destroem-se vidas!
Por entre este mal que persiste,
Mesmo assim nós gostamos, lembramos e elogiamos.
Grito…
A este jardim de verdade, com tantas palavras…
Se o ódio é a resposta a todas as perguntas
Se é encontrado? É maltratado?…
Se morre sem ver a luz, esteja onde estiver.
Grito…
Também ás vezes tento perceber
Se o amor é força capaz de mover montanhas!
Se o amor é… o que rege a vida.
Se o amor é… capaz de curar todo o mal,
porque nunca é a cura para a doença.
Se o amor é… a resposta para todas as perguntas,
Então onde será que se foi esconder?
Grito…
Quando já fiz isso uma vez,
Mas consegui aprender…
Só me resta esperar, a poeira assentou.

Mikii
(Foto da Net)

1 comentário:

gust disse...

gritar é o melhor remédio.
Não a alguém, não a algo, mas sim como uma forma de descompressão, a fim de "depois da poeira assentar" se ver as coisas de forma mais clara.

Bom poema! continua assim.