segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Quando vi o mar


Pelas vezes que vi o mar
Vejo apenas alguns fragmentos…
Não me perderei... não te esquecerei...
Se gosto quero muito!...
Esse muito que é meia felicidade
Para que tu olhes o pôr-do-sol
E te lembres que amanhã alguém vai continuar
A lembrar-se de ti com carinho,
desespero e ansiedade…
Vida a pulsar!
Insensato, mil defeitos
Únicos! Outros eu já esqueci…
Há brilho, versos e rimas,
que me fazem aconchegar em teu regaço,
no teu abraço doce, caloroso, viciante.

Pelas vezes que vi o mar...
Tão perto que se fecham os meus olhos com meu sonho
Eu parecia uma flor e tu eras uma abelha sedenta do néctar
Sedenta de carinho, sem preconceito e condição.
Dentre as nuvens escondidas
Sinto a tua essência que deixa
O teu perfume disperso no ar…
Em lembranças, frustrações,
Como pétalas secas de uma flor.
Iluminas a minha vida,
Penso que tu és vida
Sendo a minha meta… metade…
Perdoa ao mundo quem já te feriu,
E deixa de lado os sentimentos,
que corroem a alma.

Pelas vezes que vi o mar…
nada melhor que águas cristalinas.
Enterro os pés na areia,
o molhado e o frio percorrem milímetro a milímetro
os sítios mais escondidos do meu corpo.
Não existe tempo nem barreiras…
Prefiro o nó na garganta às lágrimas que brotam
do mais profundo do meu ser…
Tudo se renova
Novas conquistas,
Novos amores,
Novos conhecimentos…
Limito-me a permanecer invisível e deixar
meros sonhos para trás, pois sabia
que se os perdesse , viveria na solidão.

Pelas vezes que vi o mar
Reconheci o que eu pensava ser felicidade
Eu cai, eu sofri, mas a culpa nem é tua,
Nem minha, nem de ninguém…
Não posso controlar os meus sentimentos…
Eu apenas sinto! os momentos de fraqueza,
capaz de me manchar, os olhos de lágrimas.
Momentos que não serão esquecidos,
que hoje recordo, como fragmentos de consciência
que o vento não sopra, a minha fala fica rouca,
mas mesmo assim em todos os momentos,
quando me perdi, tu apareceste fazendo-me rir
do que aconteceu e com medo olhei tudo ao meu redor.
Pelas vezes que vi o mar.
Ei-la que surge de mansinho, no meu abrir de olhos ao amanhecer.

Mikii
(Foto tirada da Ilha do Baleal)

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