com o vagar
de quem não tem nada
para descobrir.
Quando o sol brilha,
por entre a massa nebulosa
que envolve o céu,
os pensamentos vagueiam
por um labirinto de sonhos
sem saída.
Fecho os olhos
e inspiro fundo,
muito fundo.
Sinto o meu corpo
e a minha alma observada
por todo o mundo.
Tenho uma face molhada!...
Umas rugas definem-me
a largura do sorriso,
outras marcam-me a expressão do rosto,
quando franzo a testa.
A outra face está escondida no nevoeiro.
Uma palavra!...
Eu preciso de uma palavra,
uma palavra que signifique o tudo e o nada,
ou ao mesmo tempo,
uma palavra só,
que abra as primeiras lágrimas
ou as lágrimas derradeiras.
Eu podia sentir as lágrimas
a pulsar na minha face,
mas fechei os olhos.
Os olhos vivem ainda,
mais do que todo o resto do meu rosto.
Autor: 𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð
Foto da net
© Reservados os Direitos de Autor
Ao Abrigo do Código de Direitos de Autor
Sem comentários:
Enviar um comentário